Encerramos mês passado as apresentações da peça Do Amor.
Li pela primeira vez o texto De l’amour em 2012. O que me encantou no
Philippe Minyana foi o humor sarcástico e essa visão crua (não
romantizada) das relações humanas, em conjunto com uma reinvenção de
linguagem da dramaturgia (forte característica do autor: estar sempre em
busca de uma nova forma na escrita teatral). Naquele mesmo ano traduzi,
e iniciei junto com a atriz Laís Marques a batalha para viabilizar a
primeira montagem brasileira deste texto. Tentamos durante 2 anos
captação de patrocínio, mas como nosso projeto ia na contramão do
“teatro comercial”, não tivemos retorno. (Quando as leis de incentivo a
cultura deixarão de ser simples verba de marketing? Claro que há
exceção, mas é minoria.) Até que finalmente surgiu uma luz no fim do
túnel com a verba do edital Proac, e viabilizamos da maneira que foi
possível.
Foi um caminho tão longo e com tantas dificuldades!
Tanta gente fez parte dessa história ao longo desses 3 anos! É justo e
necessário que eu faça um agradecimento público a cada um que
contribuiu!
Em primeiro lugar, agradeço ao diretor Francisco Medeiros
pela confiança, por se manter ao nosso lado durante esses 3 anos
acreditando no projeto, pela dedicação extrema em mergulhar na pesquisa
do “universo Minyana”, por tudo que nos ensinou, pela paixão com que
tomou o projeto para si e deu o seu melhor sempre.
Agradeço a Laís Marques
que entrou nessa batalha comigo, representando oficialmente o projeto
pela sua empresa, e também mergulhou de maneira apaixonada no processo
de montagem do espetáculo, contribuindo muito sempre!
Obrigada: Rafaella Uhiara que trouxe os livros do Minyana diretamente da França para as minhas mãos no Brasil, os franceses Jean-Jacques Herbaud e Patrick Silva que me ajudaram com dúvidas de tradução, Daniella Angelotti que me orientou muito em questões de produção.
Parabéns equipe: Carlos Baldim e Leonardo Antunes (excelentes atores e pessoas muito agradáveis de conviver), Fabricio Licursi (fez uma preparação corporal fundamental nessa ousada pesquisa de linguagem), Dr Morris, Heron Medeiros, Igor Sane e Marichilene Artisevskis,
respectivamente trilha, cenário, luz e figurinos (souberam em suas
criações dialogar tão bem com as propostas do autor e do diretor e
realizaram trabalhos surpreendentes), Anderson Franco e Henrique Andrade (operadores de som e luz com a precisão impecável e agilidade que o espetáculo exigia), Mauricio Inafre (produtor competente), Mya Morales (agradeço sua persistência no meio desse turbilhão), Verbena Eliane (novamente na assessoria de imprensa de projeto meu, batalhando a melhor divulgação).
O agradecimento vai também para todos que estiveram presentes em algum momento do processo ou ajudaram de alguma forma: Celso Curi , Michelle Gonçalves, Jaque Vasconcellos, Eliety Teixeira, Leticía Pinto e todos os funcionários da Oficina Cultural Oswald de Andrade, Luciano Gatti, Marlene Salgado, Júlio César Dória, Marília Scarabello, Natan Oliveira, Fabinho Ishio e Elainy Mota.
José Cetra Filho escreveu uma bela crítica do nosso trabalho!
Chegamos até aqui com indicações de Melhor Diretor (APCA) e Melhor Elenco (Aplauso Brasil),
Estou muito feliz com o que realizamos e pelo aprendizado que todas essas experiências me proporcionaram!
Ainda tem muita batalha pela frente!
Boas festas e Feliz 2016 para todos!
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